Devolvi uns artigos na loja, comprei outro noutra.
Já no regresso da tarde, depois de deambular pelas Ajudas da cidade de Lisboa, sou apanhada de livro na mão, pelo vidro do autocarro parado, pelo leitor poeta ao microfone na rua e sua audiência, é o Dia Mundial da Poesia! Disse-mo-nos adeus sem nos conhecermos, segui.
A propósito, não cheguei a dizer noutro dia à Direcção do Metro de Lisboa que a sua iniciativa de fomentar a Poesia pelas estações, foi uma belíssima ideia, mas que peço não a repitam. Imaginem-se a entrar para a vossa estação de metro e começar a ouvir ao longe alguém a falar nos altifalantes: será mais um plenário de trabalhadores, greve, um acidente alheio ao metro, Portugal que ganha outro Europeu de Futebol ou Festival da Canção? Pensa-se: vou a pé ou tenho de esperar pelo autocarro?
E nisto começa-se a ouvir literatura, nem sempre da maneira mais perceptível, nem sempre vibrante...
Tristes e confusas as palavras em alto som confundem e não atingem beleza.
Adiante, quase ao pé de casa 3 carros seguiram hoje na minha rua em sentido inverso, não compreendo.
Mas para poesia deixo as palavras de uma colega actriz:
A Inês Pereira foi à gala da SPA e deu voz ao comunicado dos atores indignados com o subfinanciamento crónico da #DGArtes, da precariedade e dos atrasos absurdos do novo modelo de apoios às artes. #Cultura
https://www.facebook.com/100014374454751/videos/342978442857968/