Para mim vida e arte são indissociáveis.
Para mim ser é tentar dar o meu melhor.
Para mim a palavra mãe significa entre muiiito mais, dar e errar.
Com os pequenos aprende-se que o estímulo positivo é uma boa maneira de eles crescerem.
Dar-lhes as ferramentas para que eles as saibam potenciar.
Que eles sejam o melhor de nós!
Por isso ontem dia 13 de Outubro não quis deixar de estar presente e de dar o meu contributo na Manifestação (não vinculada a nenhum partido) que teve lugar na Praça de Espanha. Porque exigimos mais de quem exige de nós!
domingo, 14 de outubro de 2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
TRIBUTO _ LUTO
Este tem sido para mim um ano de lutos, começo a ficar farta!
...
Esta mensagem de hoje é a minha homenagem em dois momentos.
O primeiro refere-se à morte de um jovem actor, Bruno Simões!
Imaginem o anfitrião mais resmungão de todos os tempos, uma pessoa querida por quem o conhecia bem ou menos mal.
*
Porque o Teatro é a nossa forma de viver, o segundo momento presta-se a um texto escrito por Jorge Silva Melo e Martim Pedroso.
"Ontem à noite, depois da estreia de "Penthesileia" de Kleist no São Luiz, o Martim Pedroso leu este texto que ele e eu fomos escrevendo, cheios de dor, orgulho, indignação e esperança. Não o querem divulgar?
Fazemos teatro.
Somos actores, somos bailarinos, escritores, luminotecnicos, produtores, sonoplastas, bilheteiros, frentes de sala, arrumadores, produtores…
Fazemos teatro.
E gostamos.
Às vezes com muitos espectadores, às vezes com poucos. Há anos em que temos mais espectáculos, há anos em que temos menos. Mas fazemos teatro – e gostamos do que fazemos.
Gostamos também que gostem de nós. E gostamos também que não gostem de nós. Gostamos de apostar em espectáculos que não são de consumo rápido. Que fazem reflectir. Gostamos de pensar e de fazer pensar na sociedade e no indivíduo. Porque gostamos da sociedade e do indivíduo.
Por isso, às vezes, temos poucos espectadores. Porque para pensar é preciso tempo e cada vez há menos tempo.
Mas estes espectáculos que fazemos são imprescindíveis – até para aqueles que não os vêem.
Por isso não iremos desistir.
Não, não vamos desistir de fazer espectáculos (ou de fazer filmes) que não se esgotam no divertimento de uma noite, que não são auto-sustentáveis comercialmente (há algum verdadeiramente auto-sustentável?).
Fazemos teatro porque esse gesto ousado ainda nos liberta – a nós e a vocês e aos outros que ainda não estão aqui, ou nunca estarão.
Fazemos teatro porque defendemos a liberdade: a liberdade, sim.
Não apenas a liberdade de opinião, a liberdade de circulação, a liberdade de expressão: a liberdade, apenas. É isso que nos faz viver – a nós e a vós.
E é por isso que precisamos de dinheiro do Estado: porque nem nós nem vocês temos dinheiro para pagar nem esta sala, nem estes actores, nem o tempo livre de preparação de espectáculo, nem os ensaios, nem o tempo perdido à espera de uma ideia, não temos.
Por isso, precisamos do dinheiro do estado. Precisamos todos. Os que andam aqui há mais tempo e os que andam há menos. As grandes e as pequenas companhias, os clássicos e os contemporâneos. As primeiras e as últimas obras, e já agora as intermédias também. E os espectadores de todas. Porque é na diversidade que o pensamento se cria, no confronto do velho com o novo.
Precisamos do dinheiro do Estado. É justo!
Precisamos do dinheiro do estado para estrearmos, para circularmos, para apresentarmos os espectáculos por aí, para podermos debater, para poderem gostar do que fazemos – ou não gostar.
Nós gostamos do que fazemos (mesmo quando sabemos que o trabalho ficou aquém do que esperámos, mesmo quando sabemos que “não foi desta” ). É do erro que emerge o acto criativo. Somos feitos de erro, falhas e descompensações, caso contrário não haveria necessidade de criar o que quer que seja.
Gostamos de fazer teatro.
E temos que viver.
Há anos (não é só de agora) que as autoridades nos adiam, nos desprezam, nos dizem que o melhor é desistir. Não vamos desistir.
Mas temos que planear, temos que nos organizar, temos que quebrar este vil desprezo a que somos votados.
Com quem discutir? com quem trabalhar? com quem organizar os nossos trabalhos? Precisamos de alguém que nos queira ouvir. Que nos perceba, que nos dê a merecida importância, que não nos mande areia para os olhos…
Quem diz que não somos necessários?
Quem diz que não somos responsáveis?
Quem diz que não somos organizados?
Quem se atreve?
Queremos trabalhar para uma organização eficaz das nossas profissões, da nossa qualificação profissional, dos nossos estatutos, das nossas reformas.
Queremos um departamento da cultura que trabalhe connosco e não se limite a ser um escritório que produz sucessivos adiamentos.
Queremos um departamento da cultura que não desperdice não só o dinheiro como o nosso trabalho – e o torne útil (o nosso trabalho e o dinheiro investido).
Queremos trabalhar.
E não queremos ser adiados, nem desprezados, nem ignorados, nem manietados,…
Proponho aqui a todos os artistas e espectadores que divulguem este manifesto ou outro semelhante escrito por vós. Que o divulguem nos vossos teatros, nos vossos festivais, nos vossos eventos. Nos vossos blogs, nas vossas páginas do Facebook. Divulguem a nossa e a vossa preocupação, não se calem. Todos nós precisamos da arte e da cultura, mesmo aqueles que acham que não. Há companhias que neste momento estão em risco de cancelar as suas programações. Há jovens artistas que pensam todos os dias em emigrar ou abandonar a sua actividade. O que será de nós sem esses artistas? O que será dos artistas sem os espectadores?
Este texto estará disponível online a partir de hoje no sites dos Materiais Diversos, São Luiz e Artistas Unidos. Repito, divulguem-no por favor, este ou outro semelhante escrito por vós.
Boa noite e obrigado por terem vindo.
Martim Pedroso
Jorge Silva Melo"
...
Esta mensagem de hoje é a minha homenagem em dois momentos.
O primeiro refere-se à morte de um jovem actor, Bruno Simões!
Imaginem o anfitrião mais resmungão de todos os tempos, uma pessoa querida por quem o conhecia bem ou menos mal.
*
Porque o Teatro é a nossa forma de viver, o segundo momento presta-se a um texto escrito por Jorge Silva Melo e Martim Pedroso.
"Ontem à noite, depois da estreia de "Penthesileia" de Kleist no São Luiz, o Martim Pedroso leu este texto que ele e eu fomos escrevendo, cheios de dor, orgulho, indignação e esperança. Não o querem divulgar?
Fazemos teatro.
Somos actores, somos bailarinos, escritores, luminotecnicos, produtores, sonoplastas, bilheteiros, frentes de sala, arrumadores, produtores…
Fazemos teatro.
E gostamos.
Às vezes com muitos espectadores, às vezes com poucos. Há anos em que temos mais espectáculos, há anos em que temos menos. Mas fazemos teatro – e gostamos do que fazemos.
Gostamos também que gostem de nós. E gostamos também que não gostem de nós. Gostamos de apostar em espectáculos que não são de consumo rápido. Que fazem reflectir. Gostamos de pensar e de fazer pensar na sociedade e no indivíduo. Porque gostamos da sociedade e do indivíduo.
Por isso, às vezes, temos poucos espectadores. Porque para pensar é preciso tempo e cada vez há menos tempo.
Mas estes espectáculos que fazemos são imprescindíveis – até para aqueles que não os vêem.
Por isso não iremos desistir.
Não, não vamos desistir de fazer espectáculos (ou de fazer filmes) que não se esgotam no divertimento de uma noite, que não são auto-sustentáveis comercialmente (há algum verdadeiramente auto-sustentável?).
Fazemos teatro porque esse gesto ousado ainda nos liberta – a nós e a vocês e aos outros que ainda não estão aqui, ou nunca estarão.
Fazemos teatro porque defendemos a liberdade: a liberdade, sim.
Não apenas a liberdade de opinião, a liberdade de circulação, a liberdade de expressão: a liberdade, apenas. É isso que nos faz viver – a nós e a vós.
E é por isso que precisamos de dinheiro do Estado: porque nem nós nem vocês temos dinheiro para pagar nem esta sala, nem estes actores, nem o tempo livre de preparação de espectáculo, nem os ensaios, nem o tempo perdido à espera de uma ideia, não temos.
Por isso, precisamos do dinheiro do estado. Precisamos todos. Os que andam aqui há mais tempo e os que andam há menos. As grandes e as pequenas companhias, os clássicos e os contemporâneos. As primeiras e as últimas obras, e já agora as intermédias também. E os espectadores de todas. Porque é na diversidade que o pensamento se cria, no confronto do velho com o novo.
Precisamos do dinheiro do Estado. É justo!
Precisamos do dinheiro do estado para estrearmos, para circularmos, para apresentarmos os espectáculos por aí, para podermos debater, para poderem gostar do que fazemos – ou não gostar.
Nós gostamos do que fazemos (mesmo quando sabemos que o trabalho ficou aquém do que esperámos, mesmo quando sabemos que “não foi desta” ). É do erro que emerge o acto criativo. Somos feitos de erro, falhas e descompensações, caso contrário não haveria necessidade de criar o que quer que seja.
Gostamos de fazer teatro.
E temos que viver.
Há anos (não é só de agora) que as autoridades nos adiam, nos desprezam, nos dizem que o melhor é desistir. Não vamos desistir.
Mas temos que planear, temos que nos organizar, temos que quebrar este vil desprezo a que somos votados.
Com quem discutir? com quem trabalhar? com quem organizar os nossos trabalhos? Precisamos de alguém que nos queira ouvir. Que nos perceba, que nos dê a merecida importância, que não nos mande areia para os olhos…
Quem diz que não somos necessários?
Quem diz que não somos responsáveis?
Quem diz que não somos organizados?
Quem se atreve?
Queremos trabalhar para uma organização eficaz das nossas profissões, da nossa qualificação profissional, dos nossos estatutos, das nossas reformas.
Queremos um departamento da cultura que trabalhe connosco e não se limite a ser um escritório que produz sucessivos adiamentos.
Queremos um departamento da cultura que não desperdice não só o dinheiro como o nosso trabalho – e o torne útil (o nosso trabalho e o dinheiro investido).
Queremos trabalhar.
E não queremos ser adiados, nem desprezados, nem ignorados, nem manietados,…
Proponho aqui a todos os artistas e espectadores que divulguem este manifesto ou outro semelhante escrito por vós. Que o divulguem nos vossos teatros, nos vossos festivais, nos vossos eventos. Nos vossos blogs, nas vossas páginas do Facebook. Divulguem a nossa e a vossa preocupação, não se calem. Todos nós precisamos da arte e da cultura, mesmo aqueles que acham que não. Há companhias que neste momento estão em risco de cancelar as suas programações. Há jovens artistas que pensam todos os dias em emigrar ou abandonar a sua actividade. O que será de nós sem esses artistas? O que será dos artistas sem os espectadores?
Este texto estará disponível online a partir de hoje no sites dos Materiais Diversos, São Luiz e Artistas Unidos. Repito, divulguem-no por favor, este ou outro semelhante escrito por vós.
Boa noite e obrigado por terem vindo.
Martim Pedroso
Jorge Silva Melo"
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Dia a Dia Noite a Noite
Os bolos de fim de semana, sendo que os mais bonitos segundo o primeiro eram os das estrelas, as compras e almoço a três na terça!, o teatro amor e a sala nocturna mais luxuriante e apetecível dos últimos tempos, o "Portugalex" na Antena1 desta quarta-feira numa rábula muito bem "esgalhada" onde os políticos se rebolavam a rir ao dizerem que este conjunto de medidas tinha sido para os Apanhados, as historietas em que penso, outros projectos por concretizar, os 104 anos do realizador Manuel de Oliveira, a ex aluna de Belas Artes que agora é carpinteira (podem ver em http://acarpinteira.wordpress.com), a reunião de pais de hoje onde eu e ele vestimos o boneco de si próprio, a reunião de amanhã, e assim por diante.
Tudo, nada, alguma coisa, o suficiente, o permitido, o presente!
*
Tudo, nada, alguma coisa, o suficiente, o permitido, o presente!
*
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
"I Can Show You The World" - Aladdin
Aladdin travelled on a magic carpet because sometimes life can be more beautiful up there!
Either that or he didn't have enough pocket money to buy a public transports pass
Or,
At last but not least, he was just trying to take the Princess, and that was a hell of a view!
Either that or he didn't have enough pocket money to buy a public transports pass
Or,
At last but not least, he was just trying to take the Princess, and that was a hell of a view!
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