Hoje ao cimo da rua: uma mulher, e o seu cão sob o muro, a contemplar Lisboa virados para o rio; outro cão destaque com focinho e língua de fora da janela do carro ao estacionar; mulher estrangeira junto a malas com bebé em marsupio, ambos à espera.
Hoje iniciei a semana com uma aula para os mais pequenos, dedicada ao mar.
Água. Sal. Conchas.
No caminho de regresso, dei-me conta, por um feliz acaso, que o casal de marionetas indianas tinha finalmente chegado à loja. Convidei-os a vir comigo. Descemos juntos até ao metro do Martim Moniz, onde por entre quiabos, gengibre, panos, chapéus, saias e relógios, já se viam alguns turistas a passar.
Chegada ao Chiado dirigi-me à porta dos artistas do São Luiz. Que belo o espaço: o chão do corredor, palco, plateia, jardim de Inverno, janelas sobranceiras a Lisboa. Assim iniciei hoje o meu primeiro worshop de marionetas de tamanho humano intitulado O Actor e a Dupla Presença no Teatro de Marionetas, com a encenadora/marionetista/construtora de marionetas, a norueguesa Yngvild Aspeli.
3 pessoas para manipular uma só marioneta _ o homem velho do mosquito que olha para a lâmpada, a rainha do drama na terra das fantasias eróticas, e a mulher irritada que espera pelo autocarro.
O que é que nós desejamos que o público veja? Qual a função daquela marioneta?
Actor/ objecto/ actor e objecto.
http://atarumba-teatrodemarionetas.blogspot.pt/
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