Hoje eu fiz parte dessa confusão e estive do lado de trás, e soube-me bem. Semelhante ao primeiro dia do início do ano para os que iam pela primeira vez!
Ser-se educador é um trabalho a tempo inteiro, parecido a ser-se mãe ou pai. As crianças dos outros são os seus ricos filhos, e o epíteto pirosos significa que estão bonitos e cheios de pirosices no vestir de tão giros que estão. Cada um a seu modo procura respeitá-los, dar-lhes as ferramentas para pensarem por si, ajudá-los a crescer. Quando virem um destes saberão reconhecê-lo de imediato e saberão que os vossos filhos estarão em boas mãos.
Depois enquanto pais a tarefa é mais difícil, porque não há tempo livre para ensinar sem ser pelo exemplo dado, e aí a natureza humana é imperfeita. Os nossos segundos eus ampliam os nossos defeitos e virtudes, conseguindo combinar a sua própria personalidade nesta equação. Matematicamente perfeitos.
E não é de estranhar que tendo a minha prole uma idade propícia a novas actividades extracurriculares, eu comece a andar com eles de um lado para o outro alguns dias por semana. Na 3a passada a minha cabeça só pensava "ir a Sacavém" e somente no dia seguinte ao pequeno-almoço me dei conta desta nova etapa de incerteza a que a eleição de Donald Trump como 45º presidente dos EUA nos deixou! Os estigmas continuam, o medo, a par da vontade de dar pedradas no charco.
E como se isso não nos bastasse ainda temos os trambolhões físicos e metafóricos pessoais que nos deixam no meio da estrada, pasmados com a nossa vulnerabilidade e força de reação.
Somos mortais, somos os filhos, os irmãos, os pais, os amigos, o/a de outro alguém
E ao final do dia a lua cheia enche de luz o escuro do céu e o sono vem...
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