terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PORTANTO

Aceitando-me como sou, inconstante nalgumas coisas, inflexível noutras, sei que ainda não estou satisfeita. Gostava de ser mais inteligente, conhecedora, experiente, e de poder ajudar verdadeiramente aqueles de quem gosto.
Como não faço milagres, faço o que posso, e fico contente por perceber que dos outros lados o meu pouco às vezes faz diferença.
Tal como fez tantos momentos deste ano de 2014. Um ano não propriamente extraordinário por si mas com tantos momentos charneira que me faz contradizer de imediato a afirmação anterior.
Um ano de bom regressos, de crescimento, de belíssimos momentos de teatro graças aos quais me posso permitir sentir como actriz, de evolução familiar, de sustos, dissabores e milagres, de companheirismo, de novos amigos literários que passei a admirar, de tolerância... um pouco!
Um "Bem Haja" a todos para 2015, em rigor!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ESTOU COM ATRASO...

Sim... não... quero dizer... foi por esta altura uns pares de anos atrás que o sapatinho trouxe novidades e promessas natalícias de um futuro repleto de uma vida plena, ou seja, coisas a amontoarem-se por falta de tempo ou energia, revalidação de prioridades, etc.
Mas de cada vez que se recebe um aceno, já para não falar dos beijos amorosos e dos abraços, das birras disfarçadas de chamada de atenção ou simples cansaço, de cada nova conquista, de cada salto mais alto e rápido que o Sonic Colours, de cada prestação desarmante frente a um público ou uma singela apresentação: "bom dia, o meu nome é", de cada uma dessas vezes tentamos apanhar o próximo comboio porque aquela é a estação certa naquele momento. E a viagem, mais espaçada ganha outra riqueza, para mim, digo.
Quero um Alfa Pendular que me deixe apeada nas bonitas estações de Setil ou Santarém, para de Regional ir parar a uma qualquer automotora em Beja, e como num passe de mágica saltar para o TGV, depois e a propósito, seguir noite adentro no Santa Claus Express, mergulhando por último nas carruagens do mítico Expresso do Oriente.
Não... não estou de esperanças, mas tenho esperança. E se isto parecer piroso, (talvez o seja), tenho cada vez mais vontade de pôr mãos à obra. Apesar de saber a forte tendência lamurienta e da tácita do "deixa andar" portuguesas, acho que a herança daquele que é um povo trabalhador por excelência, é mais forte e fará com que essa inclinação da balança acabe por dar frutos.