quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

REWINDING _ ANNA BOLENA from GAETANO DONIZETTI

Mixed tapes, moments.
First the audition, next, the first rehearsal in this big up floor studio that TNSC has, and two beautifull voices just by my side, teaching my ears and heart what opera can be all about.
And then all this huge team, with the same concern _ to do our best.
The opera director I've only heard about, Graham Vick.
Blessed those who recognize their value, their humility and/or inner strength and do their best to pursue happiness despite the variations of everything that surrounds them. Blessed those who can communicate. Blessed who can see beyond make-up, lights or customs.
And then the cold weather.
More rehearsals.
The opening night!
Some minutes before, the conductor (maestro) was sitting in the backsatge waiting, and by the little black and white screens, for my surprise I could saw the audience chairs getting crowded!
The first entrance..
Her first  _ Giovanna
(entrando, agitata ) 
Ella di me, 
sollecita più dell'usato, 
ha chiesto. Ella .. perchè?... 
qual palpito! 
Qual dubbio in me 
si è desto! 
Innanzi alla mia vittima, 
perde ogni ardire il cor, 
Ah! sorda al rimorso rendimi, 
o in sen ti estingui, amor, 
o in sen t'estingui, amor. 
Sorda al rimorso rendimi, ecc. 
The queen Anna Bolena.
Smeton.
Enrico VII.
Hervey.
Lord Percy.
Lord Rochefort.
The white snow during the hunting scene. The quintet.
The duets.
Scene by scene until the almost end.
The queen in front, lying down, just before the guillotine, singing above the head of the musician who will never see her, hidden in the pit.
The band and the bell, the white marriage over a black death.
The beauty of the opera singers, their characters, the choirs, the orchestra, the conductors, the team in black always there, the other actors (my beloved rival queens and amazing strong soldiers hidden inside the armor), those who dressed and combed us to look more beautiful, those who operate all, those who we left behind a little bit at our private lives during this time.
The scenery with transparent walls that remind me of chocolat, the sword, the heavy and sumptuous costumes, the variation of attitude given by the lights, the big platform (a living creature!).
New boundaries, new people, the smell of something important happening at that moment when time, history, humane nature and different nationalities join together at this same beautifull and ancient opera theatre called Teatro Nacional de São Carlos in Lisboa_Portugal.
An important and lucky debut for me.

Now they all left, at Saint Valentine's Day, the warm weather came.
It's the voice of Spring.





https://www.rtp.pt/noticias/cultura/anna-bolena-no-sao-carlos_v981364

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

JÁ HÁ FIM-DE-SEMANA

Há quem goste de ir na rua e ouvir a conversa que os pais têm com os filhos pequenos no caminho para a escola ou para casa.
Há pais que cumprimentam e trocam palavras com essas mesmas pessoas.
Há filhos que estão sempre a inventar jogos para o caminho ser mais divertido, como o do telecomando, ou o da contagem das tampas de metal espalhadas pelos passeios.
Há sextas-feiras de sol.

Houve cães para todos os tamanhos, feitios, franjas e comportamentos ao longo do dia.
Houve muitos aviões a passar e a fazer sonhar ali entre campos, o Grande e o Pequeno.

Já há passe gratuito em Lisboa para crianças até aos doze anos de idade.

*

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

TESOUROS _ VENTO NA AREIA

Descobri que a Isabel gosta de passear na praia durante o Inverno, porque acha sempre brinquedos.
Este domingo encontrou 10! Entre forminhas e pás.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A PRODUZIR

Durante algum tempo, quando ainda me dedicava um pouco mais activamente ao design gráfico, pensava que tanto tempo a clicar num rato, frente a um computador, resultava num somatório de horas e trabalho que não fosse a lucidez da memória armazenada, ninguém teria provas disso mesmo.

Quero dizer, bastava uma impaciência e carregar no botão errado, ou queimar o monitor, ou uma falha no pico da corrente ou qualquer outra excentricidade e lá se caminhava em sentido inverso.

Actualmente, e como desmultiplicadora de tarefas, todos o somos, vejo-me enquanto produtora de um projecto teatral em mãos, a produzir tempo de e-mails pensados, reescritos e reenviados, de telefonemas. Algo contabilizado, ou por outra, registado, nas indicações rabiscadas e reuniões presenciais.

Assim, eu produzo, mas o meu produto não é imediato.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A CULTURA TEM PERNAS

Hoje domingo dia 5 de Fevereiro, a uma escassa hora do início da semana de trabalho e das aulas, um dia após a estreia acerca da qual ainda não me sentei a escrever, hoje, foi dia de cultura.

Do Cais do Sodré até Belém, da estação ferrovária ao edifício novo MAAT, com vento, sol e uma fila de gente disposta a aproveitar os últimos dias de entrada livre, lá dentro singulares e famílias com os miúdos a saltitar em cima das bolas. Depois, de caminho para os jardins de Belém para a pausa para almoço. Do outro lado da rua espreitou-se e havia fila para os Pastéis de Belém, mas nem nos aventurámos, que ao pé do Largo Camões os novos pastéis de nata também têm fama de ser bons (A Manteigaria).

Fizémos o caminho inverso e apeámo-nos no recente edifício do Museu dos Coches, gigante, com um espaço térreo/de entrada cujo sentido de orientação e aproveitamento não entendo, e logo imediatamente à seguida da entrada, uma exposição temporária de fotografia cujos observadores ironicamente bloqueavam a passagem na sua quase totalidade!
Se a mecânica dos elevadores interessa, no primeiro piso, já lá dentro, estamos perante um museu amplo, com um interior com belas janelas rasgadas para a paisagem exterior, belos coches ornados a ouro, brasonados, de detalhes luxuosos, e outras quantas singularidades.

De regresso, ainda tive coragem para aproveitar a obra de Amadeo de Souza-Cardoso no MNAC no Chiado, mas deixei a família seguir. E ainda bem que o fiz, pois a fila simpática só até ao início da exposição demorou uns minutos para lá dos 60, e depois dessa hora, continuava a haver fila para as diversas salas. Gostei das pinturas e dos desenhos a tinta da china, belíssimos.

Finalmente quando cheguei a casa, depois de me aviar no supermercado... descansei!