sexta-feira, 25 de novembro de 2016

QUANDO O SONO VEM

Quando a uma sexta feira, noite escura, começo a reverenciar em demasia o ecrã do computador e a abrir exponencialmente a boca, é sinal de que é hora de ir dormir.

De vez em quando, há as histórias para as crianças daquelas que diariamente invadem inventadas os nossos imaginários e que padecem de mal semelhante... curtos segundos de silêncio de suspense, rompidos por continuações que não conjugam bem com o momento anterior...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

QUANDO EU FOR GRANDE QUERO SER...

Neste dia houve fotógrafa nas salas dos mais pequenos onde dou aulas de Teatro às 2as feiras. E assisti como pode ser difícil captar um grande sorriso no meio de tanto estímulo. Com o tempo eles aprenderão a fazer o sorriso 329 mil que fica sempre bem. 
Hoje eu fiz parte dessa confusão e estive do lado de trás, e soube-me bem. Semelhante ao primeiro dia do início do ano para os que iam pela primeira vez! 
Ser-se educador é um trabalho a tempo inteiro, parecido a ser-se mãe ou pai. As crianças dos outros são os seus ricos filhos, e o epíteto pirosos significa que estão bonitos e cheios de pirosices no vestir de tão giros que estão. Cada um a seu modo procura respeitá-los, dar-lhes as ferramentas para pensarem por si, ajudá-los a crescer. Quando virem um destes saberão reconhecê-lo de imediato e saberão que os vossos filhos estarão em boas mãos.

Depois enquanto pais a tarefa é mais difícil, porque não há tempo livre para ensinar sem ser pelo exemplo dado, e aí a natureza humana é imperfeita. Os nossos segundos eus ampliam os nossos defeitos e virtudes, conseguindo combinar a sua própria personalidade nesta equação. Matematicamente perfeitos.

E não é de estranhar que tendo a minha prole uma idade propícia a novas actividades extracurriculares, eu comece a andar com eles de um lado para o outro alguns dias por semana. Na 3a passada a minha cabeça só pensava "ir a Sacavém" e somente no dia seguinte ao pequeno-almoço me dei conta desta nova etapa de incerteza a que a eleição de Donald Trump como 45º presidente dos EUA nos deixou! Os estigmas continuam, o medo, a par da vontade de dar pedradas no charco. 
E como se isso não nos bastasse ainda temos os trambolhões físicos e metafóricos pessoais que nos deixam no meio da estrada, pasmados com a nossa vulnerabilidade e força de reação. 

Somos mortais, somos os filhos, os irmãos, os pais, os amigos, o/a de outro alguém

E ao final do dia a lua cheia enche de luz o escuro do céu e o sono vem...


domingo, 6 de novembro de 2016

COMO POR ACASO

Hoje fui a uma festa de aniversário inesperadamente, assim como revi outro alguém e respectivo filho pequeno que ainda não tinha conhecido ao vivo.

Há acasos. Depois deu-se outro, pois até hoje eu desconhecia a pioneira televisiva da culinária americana de seu nome Julia Child, ainda que a sua cara me seja familiar, isto a propósito do filme "Julie & Julia".

Comigo o Chefe Silva e a Filipa Vacondeus farão sempre parte do imaginário gastronómico português. Isso, e os cozinhados da família.

O DIA DOS VIVOS

Novembro significa... o aniversário da minha mãe.

E cada ano, cada mês, cada dia, são uma oportunidade para lhes telefonar e perguntar como está tudo, para fazer alguma pergunta simples, e de vez em quando para agarrar em mim e apanhar o comboio rumo à lezíria, à companhia do Tejo, às garças, touros e vacas, a estações esquecidas como Setil ou a outras mais felizes como as de Vila Franca de Xira ou Santarém.

Novembro é um mês, mais pertinho do Natal, do Ano Novo, das novas promessas que fazemos a nós próprios.