sexta-feira, 24 de junho de 2016

BREX

A mim sempre meio distante meio a espreitar o que se passa, sinto esta saída do Reino Unido da União Europeia como que irreal. 
Ainda há não tanto tempo atrás receios semelhantes ocorriam com a Grécia. 
Mesmo em Portugal há quem o defenda ocasionalmente.
Parece que esta "equipa", ou melhor, "família", sonhada e criada desde a sua fundação está a atravessar maus momentos. 
O círculo de estrelas amarelas sob fundo azul vai para lá da solidariedade e harmonia.
O que nos devia tornar fortes divide, o que nos devia unir cria novas barreiras que nos individualiza.

Não sei se é uma questão de tamanho. Se de medo. Se de crença num futuro melhor.
Só sinto tristeza, como que de longe, porque as repercussões serão irreversíveis para o bem e para o mal.
Só mesmo o tempo dirá.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

MAR_KE_TING

_ Eu não, eu vendo planos de saúde. Ligo às pessoas e apresento-lhes um plano.

> E se as pessoas não quiserem?

_ Eu não insisto.

> Já estás habituado a levar nãos.

EU COMO UVAS NO METRO SEM PUDORES, ELA NÃO

Come como que a pedir licença o seu... escondido... na lata, na mão, embrulhado no guardanapo de papel _ o biscoito!
Tudo sob o olhar atento e escrupuloso, por detrás dos óculos; de quem parece não gostar de fazer migalhas.

THE KING OF THE SUB

Red leather jacket and trousers, blue denim shirt, brown skin, yellow hair, dark absent little round eyes and on his neck the music floated mellifluosly from the headphones.
He's the King of the Sub, his hands hanging from the hand upper support, standing in the middle of the carriage.
The morning nirvana travels in the Green Line!

quinta-feira, 16 de junho de 2016

REMÉDIO

Remédio para as coisas más *

Revejo fotos de há uns anos, dos pequenos acabados de nascer, e depois ainda pequeninos. Da família e dos amigos de sempre.
Fotos de papéis, de elementos da natureza, de coisas diversas que me chamam a atenção, de momentos específicos, de carros e de cães!

Concentremo-nos no Licão, que nos últimos dias nos tem preocupado, cuja idade e cuidados denotam uma ternurenta velhice!



Entretanto hoje conheci o Rex, grande, preto, bonito, a coxear um pouco dada a idade e os problemas de coração.
Noutro dia conheci o pequeno Gaspar ou Gasparzinho, também ele preto e cujas patas brancas mais parecem meias.
E hoje ainda revi a Linda, como que 4 olhos, pêlo de múltiplas cores, e um ar calmo e encantador de quem reconhece que tem uma bela dona depois de um passado longínquo de abandono.

terça-feira, 14 de junho de 2016

segunda-feira, 13 de junho de 2016

SANTO ANTÓNIO JÁ SE ACABOU

Este ano não andei a palmilhar as ruas bairristas da capital portuguesa.
Este ano a sardinha foi até mim transmutada em favas em boa companhia.
Este ano o Santo António quis sol mas sem turistas.

Viva os Arraiais.
Viva o descanso.
Viva o dançar até cair para o lado.
Viva a febra, a sardinha no pão, a imperial e as excentricidades alimentares.
Viva a dieta mediterrânica.
Viva a família, os amigos, e os bons desconhecidos.
Viva os animais e as plantas.
Viva o Santo António, o Europeu 2016 e a Paz no Mundo.
Viva!

domingo, 5 de junho de 2016

O SALTO

Estou eu toda contente a ver as últimas mensagens do meu correio electrónico, cheio até mais não, e ao qual muito dificilmente consegui apagar uns bons mégas, a ver-me em cima de um mini trampolim aos saltos com outro dos Mouradores de nome Pedro que comigo partilharam o TRAMPOLIM GERADOR # 3, na Mouraria, quando dou outro tipo de salto.


Foto de Elisa Azevedo


É domingo à noite, e o barulhão na rua faz-me abrir de imediato a porta da varanda. Como eu mais outros. Vi de relance uma carrinha branca na bisga a fugir. Procuro, procuro, e só depois de uma ou outra pessoa lamentarem não terem tido tempo para ver a matrícula é que percebo que um Smart ali estacionado ficou sem um pedaço do parachoques traseiro!

Não, não é nada bonito, é lamentável. 
No entanto ultimamente, sinto da parte de alguns uma espécie de medo, das coisas, do que possa acontecer. Numa espécie de surdina. Noutros vejo a coragem para enfrentar as coisas boas e menos boas. De igual modo.

Ontem na masterclass da companhia de teatro belga TgStan no TNDMII ouvi-os falar acerca de si, de como pensam e propõem todo o seu trabalho, de como o questionam, de como se aceitam, de amor. 
(Vi amor ao lembrar o nosso Cerejal na ESTC há mais de uma década atrás.)
Porque em teatro tudo pode acontecer.
Porque na vida estamos em escuta constante, digo.
Porque o mais difícil é mesmo dar o exemplo.

Dar o salto, virar as pernas para o ar ou dar um trambulhão. Exercitar.