domingo, 5 de junho de 2016

O SALTO

Estou eu toda contente a ver as últimas mensagens do meu correio electrónico, cheio até mais não, e ao qual muito dificilmente consegui apagar uns bons mégas, a ver-me em cima de um mini trampolim aos saltos com outro dos Mouradores de nome Pedro que comigo partilharam o TRAMPOLIM GERADOR # 3, na Mouraria, quando dou outro tipo de salto.


Foto de Elisa Azevedo


É domingo à noite, e o barulhão na rua faz-me abrir de imediato a porta da varanda. Como eu mais outros. Vi de relance uma carrinha branca na bisga a fugir. Procuro, procuro, e só depois de uma ou outra pessoa lamentarem não terem tido tempo para ver a matrícula é que percebo que um Smart ali estacionado ficou sem um pedaço do parachoques traseiro!

Não, não é nada bonito, é lamentável. 
No entanto ultimamente, sinto da parte de alguns uma espécie de medo, das coisas, do que possa acontecer. Numa espécie de surdina. Noutros vejo a coragem para enfrentar as coisas boas e menos boas. De igual modo.

Ontem na masterclass da companhia de teatro belga TgStan no TNDMII ouvi-os falar acerca de si, de como pensam e propõem todo o seu trabalho, de como o questionam, de como se aceitam, de amor. 
(Vi amor ao lembrar o nosso Cerejal na ESTC há mais de uma década atrás.)
Porque em teatro tudo pode acontecer.
Porque na vida estamos em escuta constante, digo.
Porque o mais difícil é mesmo dar o exemplo.

Dar o salto, virar as pernas para o ar ou dar um trambulhão. Exercitar.




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