segunda-feira, 9 de outubro de 2017

BREVE

Parece tudo um pequeno remoinho, como a água que agora escoa rápido no lava-loiças.
Tudo cresce e avança a um ritmo rápido que nos engana de lento parecer.
Ora se está, ora se foi.
Ora se acorda, ora se é acordado.

Bom pequeno-almoço!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

POST FANTÁSTICO

Esta 6a dia 29 Setembro 2017 às 16:45, podem assistir ao FÓRUM FANTÁSTICO, no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, na Secção "O Lugar do Fantástico na Arte Contemporânea", com Carlos Vidal, Henrique Costa, e Opiarte, Núcleo de Ilustração e BD da FBAUL.
Entrada Livre!!!

https://forumfantastico.wordpress.com/

Foi assim que hoje, à hora do jantar descobri que o Henrique ia participar deste Fórum Fantástico, que já vai na sua 11ª edição ao que parece. Vai ser um dia de agenda cheia! 
Afazeres diversos, afazeres de pai e afazeres fantásticos, que é como quem diz eu sou como que uma espécie de agenda familiar secreta, e isso, acho que tem o seu quê...

sábado, 9 de setembro de 2017

O CANDEEIRO HOJE NO CINEMA SÃO JORGE

Hoje o MOTELX será iluminado pela curta de animação de Henrique Costa e Hugo Passarinho, a única curta de animação portuguesa entra as curtas a concurso!

http://www.motelx.org/filmes/o-candeeiro-um-filme-a-luz-de-lisboa

CELEBRAR

Somos rostos em meses.
Gente nascida no mesmo mês mas que nem toda se conhece entre si.
Somos pequenos, adolescentes, jovens adultos, trintões, somos os entas, e mais entas, alguns serão aqueles que dizem que o pior na vida é envelhecer. Rostos bidimensionais agrupadinhos para que nos possam dar os parabéns e possamos relembrar um dos nossos amigos agendado nestas páginas virtuais. Pessoas do mesmo signo. A cada ano.
(Para que se desenganem, este não é o meu mês)

Com festa, sem festa, com amigos, com família.
Celebrar!

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

FOGOS.PT

Escondo-me do seu calor abrasador, da aflição replicada, aumentada e exponencial pelas televisões que quase não vejo.
Escolho o canto dos pássaros, o cloro da piscina, o sal do mar, as amoras silvestres, o jardim na cidade.
Escolho fugir ao medo pelo medo, abraçar o que eu acredito ser abraçado e pôr as pernas ao alto.
Aos que combatem, envio o meu coração.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

MARIONETAS COMO TU

Hoje ao cimo da rua: uma mulher, e o seu cão sob o muro, a contemplar Lisboa virados para o rio; outro cão destaque com focinho e língua  de fora da janela do carro ao estacionar; mulher estrangeira junto a malas com bebé em marsupio, ambos à espera.

Hoje iniciei a semana com uma aula para os mais pequenos, dedicada ao mar.
Água. Sal. Conchas.

No caminho de regresso, dei-me conta, por um feliz acaso, que o casal de marionetas indianas tinha finalmente chegado à loja. Convidei-os a vir comigo. Descemos juntos até ao metro do Martim Moniz, onde por entre quiabos, gengibre, panos, chapéus, saias e relógios, já se viam alguns turistas a passar.

Chegada ao Chiado dirigi-me à porta dos artistas do São Luiz. Que belo o espaço: o chão do corredor, palco, plateia, jardim de Inverno, janelas sobranceiras a Lisboa. Assim iniciei hoje o meu primeiro worshop de marionetas de tamanho humano intitulado O Actor e a Dupla Presença no Teatro de Marionetas, com a encenadora/marionetista/construtora de marionetas, a norueguesa Yngvild Aspeli.

3 pessoas para manipular uma só marioneta _ o homem velho do mosquito que olha para a lâmpada, a rainha do drama na terra das fantasias eróticas, e a mulher irritada que espera pelo autocarro.
O que é que nós desejamos que o público veja? Qual a função daquela marioneta?
Actor/ objecto/ actor e objecto.


http://atarumba-teatrodemarionetas.blogspot.pt/


quarta-feira, 5 de julho de 2017

ÀS VEZES

Demasiado tempo.
O carregamento do meu passe termina este sábado. _ Sábado tenho uma festa de aniversário no Ribatejo.
As aulas dos pequenos a quem dou aulas de teatro estão para terminar breve.
As dos meus já terminaram.
E eu sorrio quando os vejo crescidos e temo pelo quão crescidos ficam num piscar de olhos. E entristeço-me de cada vez que não consigo ser melhor assim como me alegro com todas as suas conquistas.
Coisas simples, tempo, alguns nãos, e de vez em quando surpresas. Todos gostamos de ser mimados; não há limite de idade para se ser agradado (já cá faltava um chavão ;)
As aulas de yoga continuam.
No outro dia, a nossa yoguini com mais idade faleceu, a nossa Dª Cristina, com 89 anos feitos recentemente. Vivia na sua grande e histórica casa para os lados de Benfica, e quando o tempo o permitia vinha até às aulas, ao seu próprio tempo. Sentimos-lhe a falta.
Somos um pequeno grupo que se conhece mas que não se conhece completamente, e que partilhamos semanalmente um par de horas em que nos deixamos respirar, sob orientação da nossa professora Isabel. Fazer o que se gosta e tratar do corpo, parece, que opera maravilhas a longo prazo. Eu ainda tenho muito que aprender, diga-se.
Os dias sucedem quentes, às vezes as noites refrescam.
Às vezes sinto saudades que os telefones não estreitam.
Às vezes desprendo-me das distâncias com a naturalidade dos reencontros.
Às vezes peco por excesso, falta, ou efeito avestruz (só às vezes).
Às vezes a solidariedade para com a desgraça dos outros, daqueles que não nos tocam a perfurar parece distante, ainda que por protecção.
Às vezes o nosso valor precisa de um boost e nós de o reactivar.
A maior parte das vezes não basta saber onde gostaríamos de estar, mas aprender o caminho até lá.
Às vezes custa desligar ao fim do dia, outras vezes é tão simples quanto nem ligar!