terça-feira, 8 de maio de 2012

Ribatejo em dia de chuva


Esta segunda-feira deixei a pequena em estágio com os avós!

Cegonhas na lezíria!
Galinha, cabras.
Chuva miudinha em degrade pelo horizonte. Campos verdes, ribeiros e charcos.
Papoilas-rubor, pequenos malmequer cor de sol, e salpicos de flores roxas.
Cavalos.
Uma bicicleta à chuva, amparada a um poste de luz, espera junto à estação de comboios de Reguengo.
Melros camuflados de terra castanho escura procuram comida.
Um par de ovelhas brancas para uma ovelha negra.
Uma ave de rapina a voar.
Enquanto isso as alunas de Psicologia estudam em grupo para o teste.
Outra ovelha olha para o comboio e pensa: "Para onde é que aquilo vai?".
Hortas com espantalhos de plástico.
E mais ovelhas lá ao longe, touros pretos e cegonhas.
Um pequeno patinho preto na água limpa da estação de tratamento.
E mais à frente uma garça com as patas de molho. Um pardalito.
A beleza das pequenas coisas, a natureza.
As tubagens velhas, serpenteantes de uma fábrica.
O exército de carros expectantes.
Um novelo gigante de tubo de rega no meio do campo verde.
Telefonas-me tu mana, olho para o lado e vejo um pato a voar. São uns belos bichos os patos. De graça cambaleante.
Já falta pouco para chegar ao destino, pois acabo de sair de Vila Franca de Xira. Os jardins junto à bonita estação de comboios, a encosta das últimas moradias alvas, a praça de touros amarelo torrado.
Agora o comboio vai nervosinho e num instante deixamos a fábrica de cimento da Cimpor.
Em Alverca os aviões.
Uma peregrinação à chuva, todos homens e mulheres com coletes reflectores.
Bidons azul forte numa outra horta semi-rural.
Mais uma fábrica fumacenta, outra azul com chaminé às riscas, os cilindros da Galp.
Pequenas cones de flores cor de rosa. Que lindos os campos floridos.
Chegada ao destino: Lisboa Oriente.



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