sábado, 13 de abril de 2013

Conversa Em Dia

Estava há pouco a espreitar "Bairro Alto" na RTP2, no qual a entrevistada era a escritora Inês Pedrosa, a qual mal conheço. 
Falava do seu livro, da sua relação com os livros - um livro para cada momento, e nos maus Camilo Castelo Branco ou O Desassossego de Fernando Pessoa. Dizia a certa altura que para ela envelhecer é perder pessoas, que quem fica é representante dos que amou. 
Admira Agustina Bessa Luís pela sua capacidade de desprendimento, e que a cada pessoa que partiu resultou um heterónimo. 
Somos diferentes com o passar dos anos. 
Chegou a referir a sua relação com a culpa, incutida desde cedo no género feminino, que no seu caso já não é a mesma com o passar dos anos. Deixou de se sentir tão culpada na maternidade - o receio de não ser boa mãe, a aceitação de que dava o seu melhor
Prefere excesso de inocência a pretenciosismo (não me lembro se foram exactamente estas as palavras).
E para ela uma das piores coisas na vida é "perder" um amigo.

Fiquei com vontade de mais.


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