terça-feira, 18 de junho de 2013

ORA ABÓBORA!

O meu espaço de hoje vem alertar para uma questão localizada mas importante.
Lembram-se de passar por algumas estradas e vias rápidas de Lisboa e arredores e ali ver couves plantadas a 90km hora? Ou de passar por outros recantos baldios com pequenas hortas e uma ou outra árvore de fruto?
Pois se passarem pela Graça (Lisboa), como quem quer descer, na direcção do Miradouro da Senhora do Monte, vão dar com a Horta do Monte.
Ao que parece:

"O terreno onde se situa a Horta do Monte foi incluído na EMPREITADA. – CONSTRUÇÃO DO JARDIM DA CERCA DA GRAÇA – que prevê a total destruição da Horta do Monte para a substituir por um relvado!" 
(...) 
Não houve discussão pública nem houve consideração pelo projecto existente no terreno. Mantemos uma atitude de receptividade e abertura. Consideramos que o nosso projecto pode ser enquadrado no Jardim da Cerca da Graça, representando uma mais valia para a comunidade ao nível social, cultural, ambiental e pedagógico.

O modelo de requalificação proposto pela CML através da proposta de Parque Hortícola da Graça, adapta-se às necessidades das hortas urbanas tradicionais – com talhões de cultivo individuais – mas não é compatível com o projecto de cultivo colectivo.
(...)
A empreitada já está a decorrer e, apesar dos nossos esforços, não houve negociação no sentido de integrar a Horta do Monte no projecto."

A estas citações retiradas do seguinte endereço - http://hortadomonte.blogspot.pt/ - está também disponível uma petição.

Lembra-me o excesso de zelo por parte da ASAE aqui há um par de anos creio, altura em que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica fechou inúmeros estabelecimentos. Quiseram até acabar com as garrafinhas de azeite das tasquinhas e restaurantes e substituí-las por embalagens individuais!

O que eu quero dizer é que eu acho importante ouvir, saber o que as pessoas precisam, incluir, renovar, e não somente destruir e construir de raiz para mostrar trabalho feito.
Numa altura em que algumas pessoas retornam ao colectivo no bom sentido, é preciso dialogar e saber como apoiar.

Um relvado ou uma horta? É bastante mais do que isso!

Pintura Mural Lisboa-Milano




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