quinta-feira, 18 de julho de 2013

ENCERRAR NÃO! - MANIFESTO

A mensagem abaixo descrita, partilho-a.
Trata-se do previsto encerramento da Livraria Sá da Costa, mesmo ao cimo do Chiado, juntinho aos croissant de chocolate derretido, do lado, como quem pisca o olho ao Fernando Pessoa sentadito mais à frente. 

Ainda há dias falaram-me do infeliz destino do Palácio da Rosa, datado do Séc.XVI e implantado na Mouraria. Onde viria a funcionar entre outros equipamentos culturais o Gabinete de Estudos Olissiponenses e a Academia Portuguesa de História (frente à qual muito curiosamente hoje passei pela primeira vez, e cuja fachada estava vestida de faixas pretas, ou não fosse a História aquilo que de vez em quando se quer varrer para debaixo do tapete!).
Despejados os moradores de anos, venderam-no, revenderam-no e abandonaram-no!

Por isso, e pela ida Horta do Monte da Graça...:


"Caros amigos,
 
É importante ir a este evento, uma vez que a partir da próxima Segunda-feira a Livraria Sá da Costa, que comemora o seu centenário este ano, vai possivelmente fechar... antes que chegue mais uma loja de inutilidades... deviamos juntar-nos para preservar a cultura da nossa cidade. E com a nossa força conjunta exigirmos perservar um bem que deveria ser de todos.
 
Lançamento do "MANIFESTO CONTRA O DESASTROSO ENCERRAMENTO DAS LIVRARIAS DA CIDADE DE LISBOA NO CENTENÁRIO DA LIVRARIA SÁ DA COSTA"
Sábado às 21:00
Livraria Sá da Costa Editora em Lisboa

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A ACONTECER

Com tanta coisa a passar-se de importante no país, eu preocupo-me com compras a fazer, textos para decorar, para escrever, alemão para estudar, pesquisas por realizar, pessoas a visitar, e a minha cabeça parece uma agenda no tempo, atropelada pela desarrumação organizada.

Então hoje, um dia D de atarefaDo, ocorreu-me estar em plena Lisboa, num 9º piso na Rua dos Pentes, a contemplar um pouco da Mãe d'Água das Amoreiras, e estar no Hotel Amazónia!
Não vi de imediato qual a ligação!
Talvez os povo Ameríndios precisassem domar seus cabelos, ou talvez tivesse simplesmente a ver com as origens da Indústria brasileira nas quais (entre outros produtos) pentes de tartaruga saíam das oficinas artesanais do início do século XIX para o mundo.

E se mais tarde passo pelo Palácio Foz (nos Restauradores) e vejo anunciados diversos concertos de entrada livre até ao final do mês, penso: ide ouvir quem puder!


"FESTIVAL ESTORIL LISBOA 2013



Até 30 de Julho, concertos a partir das 17:30, Palácio Foz, Praça dos Restauradores (metro: Restauradores). Concertos de entrada livre e outros com entrada a 5 euros.

Em tempo de crise, renovação é a palavra de ordem da 39.ª edição do Festival do Estoril. Dedicado à música erudita, o festival regressa a Lisboa, sob o mote Renascença, ocupando as salas do Palácio Foz. 

Beethoven, Verdi, Wagner, Bach são os clássicos que serão ouvidos em concerto, quase diariamente, por um elenco de intérpretes internacional.

A música árabe, espanhola, portuguesa, a música francesa de 1900 e Tango na música coral terão também destaque no festival." 


 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Oh Pá!

E o mundo pula e avança, e alguma boa notícia que haja ora é atropelada pelo cansaço ora enredada na actual desconjuntura!
Lembra aquelas situações em que sentimos as orelhas a escaldar quando há alguma asneira!
(Eu não fui!)

Por mais que se viva, não se sabe onde param os limites, se é que os há, se é genuíno ou encenação, provavelmente misto puro.
Por mais que se avance, que se esteja farto de todo o negativismo, lá se tropeça.

Lembram-se da sola do calçado ortopédico? Botas simples, com atacadores. Eu dizia que não, que não usava disso (não sabia), que não eram minhas (e na realidade não eram).
O que eu desejo, é um caminhar mais certo.

sábado, 22 de junho de 2013

VERY LIGHT

De very light em very light, a vida é uma eterna cacofonia, composição vibrante, cheia de luzes e sombras, manchas, relevos e segredos, boas e piores companhias!

Vinda de Alcântara num segundo eléctrico E15 dos pequenos a "abarrotar" de gente, desembarquei na Praça do Comércio, em direcção ao Cais das Colunas. Sim, fui ao concerto beira-rio de Pedro Castanheira "Lisboa Em Si" esta sexta-feira passada, e a maioria foi unânime: valeu sobretudo pelo colectivo humano junto em silêncio nesta composição "urbana".

E é nos reencontros que cada vez mais sinto esta vontade conjunta de que as coisas aconteçam.
Não se muda todo um modo de ser de um momento para o outro, nem me parece que isso fosse desejável por inteiro.
Re_começar de dentro para fora.
Já diz o ditado "quem não se queixa não é filho de boa gente"!


terça-feira, 18 de junho de 2013

ORA ABÓBORA!

O meu espaço de hoje vem alertar para uma questão localizada mas importante.
Lembram-se de passar por algumas estradas e vias rápidas de Lisboa e arredores e ali ver couves plantadas a 90km hora? Ou de passar por outros recantos baldios com pequenas hortas e uma ou outra árvore de fruto?
Pois se passarem pela Graça (Lisboa), como quem quer descer, na direcção do Miradouro da Senhora do Monte, vão dar com a Horta do Monte.
Ao que parece:

"O terreno onde se situa a Horta do Monte foi incluído na EMPREITADA. – CONSTRUÇÃO DO JARDIM DA CERCA DA GRAÇA – que prevê a total destruição da Horta do Monte para a substituir por um relvado!" 
(...) 
Não houve discussão pública nem houve consideração pelo projecto existente no terreno. Mantemos uma atitude de receptividade e abertura. Consideramos que o nosso projecto pode ser enquadrado no Jardim da Cerca da Graça, representando uma mais valia para a comunidade ao nível social, cultural, ambiental e pedagógico.

O modelo de requalificação proposto pela CML através da proposta de Parque Hortícola da Graça, adapta-se às necessidades das hortas urbanas tradicionais – com talhões de cultivo individuais – mas não é compatível com o projecto de cultivo colectivo.
(...)
A empreitada já está a decorrer e, apesar dos nossos esforços, não houve negociação no sentido de integrar a Horta do Monte no projecto."

A estas citações retiradas do seguinte endereço - http://hortadomonte.blogspot.pt/ - está também disponível uma petição.

Lembra-me o excesso de zelo por parte da ASAE aqui há um par de anos creio, altura em que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica fechou inúmeros estabelecimentos. Quiseram até acabar com as garrafinhas de azeite das tasquinhas e restaurantes e substituí-las por embalagens individuais!

O que eu quero dizer é que eu acho importante ouvir, saber o que as pessoas precisam, incluir, renovar, e não somente destruir e construir de raiz para mostrar trabalho feito.
Numa altura em que algumas pessoas retornam ao colectivo no bom sentido, é preciso dialogar e saber como apoiar.

Um relvado ou uma horta? É bastante mais do que isso!

Pintura Mural Lisboa-Milano




domingo, 16 de junho de 2013

Domingo

Estamos em pleno Junho e há pouco choveu.
Cheira a terra molhada, os ecos dos arraiais já se deitaram e nem quer parecer que foi um dia de sol, calor e algum vento.
Nas margens de um dos lagos dos belos jardins da Gulbenkian, o quadro vivo de Renoir.
No relvado dois pequenos jogam à bola com os pais, um, aflito, faz xi-xi para uma árvore.
Há novas passagens secretas e recantos, espelhos de água e aves fugazes.
Lá dentro os desenhos de Emmerico Nunes (pintor, ilustrador e caricaturista Português), frequentemente bem acompanhados pelo fiel amigo do homem.