quinta-feira, 5 de novembro de 2015

AO ESCURECER

Por entre dias que se seguem sem que nos permitamos descansar devidamente por uma razão ou por outra, o clima em Lisboa não é tão frio quanto a rapidez com que os dias ficam mais curtos e as noites mais longas.
Primeiro não é muito perceptível, daí a pouco, torna-se evidente.
Tão evidente quanto a sombra do caminho que desapareceu um dia como que por artes mágicas, quando cortaram todos os ramos da frondosa nespereira; no mini quintal daquele prédio estreito que está para venda.
Tão evidente como os limpa pára-brisas que desapareceram num dia de chuva, na periferia!
Nestes dias tudo está para venda em Lisboa, ou para alugar, ou para "hostal-ar". Por entre o barulho do trânsito só mesmo o barulho das obras que se desvia por entre as centenas de gruas que se devem conseguir contar.
Tenho de ir, antes que os candeeiros se acendam.

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