Hoje preparo O.
A escolha de um nome, ou o nome que nos adopta, aquilo que somos, o que nos rodeia, as nossas raízes, as histórias que se contam em volta da mesa.
A loucura e a morte, ou a sanidade de viver.
A força. A fé. A simplicidade.
Uma sociedade envelhecida, um facto.
Ao preparar-me penso no feminino. O seu fado, as suas mãos, a fortaleza de coração, a brusquidão das palavras certas, o carinho na beira do prato, o peito morno aconchegante. Umas assim, outras diferentes.
Como no relato que ouvi das mulheres da Guiné Bissau, que tomam seu o seu destino, que desejam livres os homens, em igualdade. Uma nação jovem, matriarcal. Isto contado por uma mulher tão impressionante quanto a descrição que fez do país, alguém que vi pela primeira vez.
E aquelas que nos deram a vida e que têm a paciência da eternidade? Essas merecem o carinho maior. O cuidado de estarmos por perto, amando, mas sem esquecer que por mais tempo que passe também elas têm direito aos seus amores e segredos, às suas dúvidas e certezas, ao seu espaço, à sua criatividade, à sua liberdade.
A liberdade não tem idade, nem nome certo.
O faz da mesa_cama, da toalha_lençol, da loiça_flores, das palavras_alimento.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
terça-feira, 24 de novembro de 2015
A SUNDAY WITH YOGA IN MUNDA
So I start by saturday.
This last saturday was dedicated to my mum´s birthday tea time party. The family got together celebrating life in a shy sunny day, and a bit cold (but were in late November so it's ok).
The next day. Sunday.
After lunch we still had time to look around some more. I've enjoyed discovering sauna (in glass and wood) just by the lake.
After we did return to the serenity of the yurt, up until the smooth wind told us the night was coming and that it was time to leave. Just in time for a group picture, but that's for us!
This last saturday was dedicated to my mum´s birthday tea time party. The family got together celebrating life in a shy sunny day, and a bit cold (but were in late November so it's ok).
The next day. Sunday.
An early wake up call for a 2 hours car trip from Lisbon to Alentejo, Evoramonte to be more precise. Towards an ecotourism place called Munda, where we were invited and very well received.
Another happy sunny day in nature for these group of teacher and pupils that joined for a special Yoga lesson inside an mongolian tent, the yurt.
They have several possibilities, from meetings to sleeping over, and some more, do ask them.
Search for
http://munda-ecoturismo.com/
Surrounded by nature, like pine trees, olive trees, wild mushrooms, little silver rocks and the bird songs, they make of sustainability a reality.
After we did return to the serenity of the yurt, up until the smooth wind told us the night was coming and that it was time to leave. Just in time for a group picture, but that's for us!
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
O CLICHÊ NUNCA É DEMODÊ
Às vezes parece que nada acontece e na realidade passa-se exactamente o contrário. A Renata disse-me uma vez algo similar a propósito de quando fez Erasmus.
E mesmo que a idade nos traga grandes benesses pois a maioria delas vem com um pouco mais de paciência e visão, elas fazem-se igualmente acompanhar por uma menor amplitude física.
Por mais mulheres e homens visionários que haja, por mais sábios e pessoas de bem, as questões fundamentais da vida mantêm-se.
Há-de haver sempre amor, violência, vida, morte, esperança e por aí fora.
E questões tão prosaicas como arrumar!
(Arrumar... arre o mar... arredar... arrumo o ar... apressar)
Arrumar objectos, memórias, sentimentos, enfim, cada qual continua a sua própia lista.
Descobri entretanto que a foto que tirei aos novos bichos da madeira pretos e gordos que eu vi pela primeira vez, tem mesmo cheiro a xilophene (passo a publicidade)! Tenho o cheiro entranhado nas narinas.
E há mais, há sempre mais pois à medida que a idade avança - como na fotografia de uma última inauguração na qual os antigos alunos são agora os artistas - temos cada vez mais para aprender.
Aprender num segundo a diferença de um belo abraço de quem nos quer bem apesar da convivência espaçada, do outro cumprimento mais social ou daquele outro transmutável.
Aprender connosco, o heterónimo encarnado que nunca nos abandonará, e com os restantes.
Aprender a ver, a saber ver com os sentidos alerta, e a aproveitar mesmo os sentimentos contraditórios.
Falta-me ainda tanto pela frente... de momento terminei uma divisão da casa, tenho de preparar "Ofélia_parte I", afazeres mais pessoais, e no Salão acabei de "tecer" as cortinas de um candeeiro.
Felizmente as máximas populares nunca passarão de moda e todas elas estarão sempre ao nosso lado para nos guiar na nossa jornada qual horóscopo fiel. O Clichê jamais ficará obsoleto e é por isso que também jamais ficarei fora de moda!
Por isso e por mais alguma coisa, mas isso já são outras histórias.
E para terminar com uma imagem, como tão bem gostamos, deixo esta um pouco por acaso, e com legenda! Diz assim: Se não é colmeia, não é boa ideia!
E mesmo que a idade nos traga grandes benesses pois a maioria delas vem com um pouco mais de paciência e visão, elas fazem-se igualmente acompanhar por uma menor amplitude física.
Por mais mulheres e homens visionários que haja, por mais sábios e pessoas de bem, as questões fundamentais da vida mantêm-se.
Há-de haver sempre amor, violência, vida, morte, esperança e por aí fora.
E questões tão prosaicas como arrumar!
(Arrumar... arre o mar... arredar... arrumo o ar... apressar)
Arrumar objectos, memórias, sentimentos, enfim, cada qual continua a sua própia lista.
Descobri entretanto que a foto que tirei aos novos bichos da madeira pretos e gordos que eu vi pela primeira vez, tem mesmo cheiro a xilophene (passo a publicidade)! Tenho o cheiro entranhado nas narinas.
E há mais, há sempre mais pois à medida que a idade avança - como na fotografia de uma última inauguração na qual os antigos alunos são agora os artistas - temos cada vez mais para aprender.
Aprender num segundo a diferença de um belo abraço de quem nos quer bem apesar da convivência espaçada, do outro cumprimento mais social ou daquele outro transmutável.
Aprender connosco, o heterónimo encarnado que nunca nos abandonará, e com os restantes.
Aprender a ver, a saber ver com os sentidos alerta, e a aproveitar mesmo os sentimentos contraditórios.
Falta-me ainda tanto pela frente... de momento terminei uma divisão da casa, tenho de preparar "Ofélia_parte I", afazeres mais pessoais, e no Salão acabei de "tecer" as cortinas de um candeeiro.
Felizmente as máximas populares nunca passarão de moda e todas elas estarão sempre ao nosso lado para nos guiar na nossa jornada qual horóscopo fiel. O Clichê jamais ficará obsoleto e é por isso que também jamais ficarei fora de moda!
Por isso e por mais alguma coisa, mas isso já são outras histórias.
E para terminar com uma imagem, como tão bem gostamos, deixo esta um pouco por acaso, e com legenda! Diz assim: Se não é colmeia, não é boa ideia!
sábado, 14 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
AO ESCURECER
Por entre dias que se seguem sem que nos permitamos descansar devidamente por uma razão ou por outra, o clima em Lisboa não é tão frio quanto a rapidez com que os dias ficam mais curtos e as noites mais longas.
Primeiro não é muito perceptível, daí a pouco, torna-se evidente.
Tão evidente quanto a sombra do caminho que desapareceu um dia como que por artes mágicas, quando cortaram todos os ramos da frondosa nespereira; no mini quintal daquele prédio estreito que está para venda.
Tão evidente como os limpa pára-brisas que desapareceram num dia de chuva, na periferia!
Nestes dias tudo está para venda em Lisboa, ou para alugar, ou para "hostal-ar". Por entre o barulho do trânsito só mesmo o barulho das obras que se desvia por entre as centenas de gruas que se devem conseguir contar.
Tenho de ir, antes que os candeeiros se acendam.
Primeiro não é muito perceptível, daí a pouco, torna-se evidente.
Tão evidente quanto a sombra do caminho que desapareceu um dia como que por artes mágicas, quando cortaram todos os ramos da frondosa nespereira; no mini quintal daquele prédio estreito que está para venda.
Tão evidente como os limpa pára-brisas que desapareceram num dia de chuva, na periferia!
Nestes dias tudo está para venda em Lisboa, ou para alugar, ou para "hostal-ar". Por entre o barulho do trânsito só mesmo o barulho das obras que se desvia por entre as centenas de gruas que se devem conseguir contar.
Tenho de ir, antes que os candeeiros se acendam.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
UPS
Para recomeçar num tom levezinho (tal com este par de dias de sol a preparar a chuva do fim-de-semana) vou só falar-vos num encontro de ontem e de uma surpresa de hoje.
Ontem na rua vi-o a descer as escadas, cor de mel, uma crista desde o topo da cabeça até à cauda - perfeitamente natural assegurou-me a dona - uma simpatia de cão adulto na atitude e nos beijinhos/lambidelas. O seu nome: Pirata!
Hoje, um desconhecido que me pediu emprestada uma moeda para me surpreender com um truque de magia!
Ontem na rua vi-o a descer as escadas, cor de mel, uma crista desde o topo da cabeça até à cauda - perfeitamente natural assegurou-me a dona - uma simpatia de cão adulto na atitude e nos beijinhos/lambidelas. O seu nome: Pirata!
Hoje, um desconhecido que me pediu emprestada uma moeda para me surpreender com um truque de magia!
sábado, 1 de agosto de 2015
À LUZ DO DIA
Ontem foi noite de tornar ao Teatro da Garagem, e de assistir ao fim de um ciclo que dá pelo nome de DAYLIGHT PROJECT – INTERNATIONAL SUMMER THEATRE PROJECT, ali no Teatro Taborda mesmo na Costa do Castelo de São Jorge.
A disposição da sala transportou-me até à distante "A Morte de Danton na Garagem", mas agora a cena abria com selfies de burka uma imagem fantástica retirada da vida real. Não da nossa, mas fruto desta experiência internacional. Imaginem-nos, vestidos de preto, actores, actrizes, e as suas vozes, sobretudo essas a localizarem-nos, qualquer que fosse a sua geografia.
Para mim, fica também o cheiro a oliveira, que era afinal melancia, e já muito depois o cheiro doce a tabaco de cachimbo que reclamava pelas merecidas férias.
E a mesa posta.
E a vista daquela colina ventosa à noite, continua a ser uma das mais belas de Lisboa.
A disposição da sala transportou-me até à distante "A Morte de Danton na Garagem", mas agora a cena abria com selfies de burka uma imagem fantástica retirada da vida real. Não da nossa, mas fruto desta experiência internacional. Imaginem-nos, vestidos de preto, actores, actrizes, e as suas vozes, sobretudo essas a localizarem-nos, qualquer que fosse a sua geografia.
Para mim, fica também o cheiro a oliveira, que era afinal melancia, e já muito depois o cheiro doce a tabaco de cachimbo que reclamava pelas merecidas férias.
E a mesa posta.
E a vista daquela colina ventosa à noite, continua a ser uma das mais belas de Lisboa.
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