Para recomeçar num tom levezinho (tal com este par de dias de sol a preparar a chuva do fim-de-semana) vou só falar-vos num encontro de ontem e de uma surpresa de hoje.
Ontem na rua vi-o a descer as escadas, cor de mel, uma crista desde o topo da cabeça até à cauda - perfeitamente natural assegurou-me a dona - uma simpatia de cão adulto na atitude e nos beijinhos/lambidelas. O seu nome: Pirata!
Hoje, um desconhecido que me pediu emprestada uma moeda para me surpreender com um truque de magia!
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
À LUZ DO DIA
Ontem foi noite de tornar ao Teatro da Garagem, e de assistir ao fim de um ciclo que dá pelo nome de DAYLIGHT PROJECT – INTERNATIONAL SUMMER THEATRE PROJECT, ali no Teatro Taborda mesmo na Costa do Castelo de São Jorge.
A disposição da sala transportou-me até à distante "A Morte de Danton na Garagem", mas agora a cena abria com selfies de burka uma imagem fantástica retirada da vida real. Não da nossa, mas fruto desta experiência internacional. Imaginem-nos, vestidos de preto, actores, actrizes, e as suas vozes, sobretudo essas a localizarem-nos, qualquer que fosse a sua geografia.
Para mim, fica também o cheiro a oliveira, que era afinal melancia, e já muito depois o cheiro doce a tabaco de cachimbo que reclamava pelas merecidas férias.
E a mesa posta.
E a vista daquela colina ventosa à noite, continua a ser uma das mais belas de Lisboa.
A disposição da sala transportou-me até à distante "A Morte de Danton na Garagem", mas agora a cena abria com selfies de burka uma imagem fantástica retirada da vida real. Não da nossa, mas fruto desta experiência internacional. Imaginem-nos, vestidos de preto, actores, actrizes, e as suas vozes, sobretudo essas a localizarem-nos, qualquer que fosse a sua geografia.
Para mim, fica também o cheiro a oliveira, que era afinal melancia, e já muito depois o cheiro doce a tabaco de cachimbo que reclamava pelas merecidas férias.
E a mesa posta.
E a vista daquela colina ventosa à noite, continua a ser uma das mais belas de Lisboa.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
"PEDRAS" - NOVA EXPOSIÇÃO NA VERSO BRANCO
Quem segue do Cais do Sodré, depois pela Rua de São Paulo, sempre em frente até à Rua da Boavista, depara-se do lado direito com este espaço de amplas janelas. Uma daquelas novas e belíssimas lojas de artigos de design.
Lá dentro 4 visões de um mesmo elemento com que cada um constrói o seu caminho.
Aqui o destaque segue para mãe e filha _ Graça Antunes e Sara Antunes.
A visitar!
Lá dentro 4 visões de um mesmo elemento com que cada um constrói o seu caminho.
Aqui o destaque segue para mãe e filha _ Graça Antunes e Sara Antunes.
A visitar!
PEDRAS
Exposição colectiva de Graça Antunes, Isabel Cristina, Sara Antunes e Teresa Cruz Pinho.
Local: Verso Branco - Rua da Boavista, 132 - 134, 1200-070 Lisboa
Duração: 19 Junho a 29 Julho
Horário: 3ª a sábado, das 11:30 às 20:00
Exposição colectiva de Graça Antunes, Isabel Cristina, Sara Antunes e Teresa Cruz Pinho.
Local: Verso Branco - Rua da Boavista, 132 - 134, 1200-070 Lisboa
Duração: 19 Junho a 29 Julho
Horário: 3ª a sábado, das 11:30 às 20:00
quarta-feira, 17 de junho de 2015
O CÚMULO DO VÍCIO DE JOGO
Quando o sofá abana ao mesmo ritmo de um Sonic Colours, é de estranhar...
A excitação do jogo pode levar o seu jogador a saltar, insurgir-se, rir, ou simplesmente jogar tempo sem fim. A esta altura há 68 estrelas em falta. Mas uma mãe sabe que pode ser mais do que isso.
Assim fica a pergunta:
Qual o cúmulo do vício de jogo?
Saltitar nível atrás de nível na esperança de que a bexiga se esqueça de explodir!
A excitação do jogo pode levar o seu jogador a saltar, insurgir-se, rir, ou simplesmente jogar tempo sem fim. A esta altura há 68 estrelas em falta. Mas uma mãe sabe que pode ser mais do que isso.
Assim fica a pergunta:
Qual o cúmulo do vício de jogo?
Saltitar nível atrás de nível na esperança de que a bexiga se esqueça de explodir!
quinta-feira, 11 de junho de 2015
INSÓLITO DA MEIA TARDE
Ligo o computador para ver como estão as coisas, ontem já estava tão cansada que não conseguia abrir os olhos mais do que o caminho suficiente de uma divisão para a cama.
Foi um belo 10 de Junho, depois conto!
E como quem tem tido muito para partilhar, de momento só me ocorre isto: tenho uma mosca já sem vida no meu teclado! E entre as letras Y e U, acaso lá passe, ela saltita!
Provavelmente o seu ciclo de vida de entre 25 a 30 dias expirou, e ela não teve tempo para escolher onde aterrar!!
Foi um belo 10 de Junho, depois conto!
E como quem tem tido muito para partilhar, de momento só me ocorre isto: tenho uma mosca já sem vida no meu teclado! E entre as letras Y e U, acaso lá passe, ela saltita!
Provavelmente o seu ciclo de vida de entre 25 a 30 dias expirou, e ela não teve tempo para escolher onde aterrar!!
terça-feira, 2 de junho de 2015
ACONTECEU-NOS FELLINI
Naquele momento foi tudo tão real, que mais inusitado era impossível.
O grande bisonte rosa devia atravessar a porta da rua, mesmo à justa e segundo cálculos precisos, mas não é que o filho da mãe se lembrou de abrir a boca e cuspir as entranhas de metal nesse instante? Um de cada lado, tu por fora, eu por dentro, entalados sem que as entranhas quisessem ser devolvidas ao interior revirado pela vertical. No cúmulo dos cúmulos: toca a campainha, o terceiro elemento por quem se esperava, mas que acreditávamos demorar - porque demoram sempre os senhores dos serviços agendados.
O animal a muito custo foi empurrado para o corredor, "horizontalizado", domado com um arame forte, novamente levantado, empurrado, empurrado até sair porta fora, até ao destino final.
Do outro lado, do lado de dentro, o senhor dos serviços disse que não os podia completar por não estarem reunidas todas as condições de segurança. Teria de se ir embora sem o trabalho concluído, e depois de tanto esforço para desimpedir a porta de entrada, e saída, seria mesmo este o seu fim! Não podia ser! Novo agendamento, mais tempo, mais dinheiro, mais incómodos...
- Senhor dos serviços, sejamos imaginativos e fechemos esta torneira aqui.
- Está bem, assim posso concluir o meu serviço por agora, e ir-me embora.
E assim foi.
Mas Fellini ainda pairava pelo ar restrito daquela casa, em constantes mudanças de exigências físicas, e o problema mantinha-se, a fuga que não o era, ainda era um problema a resolver a contra-relógio.
Compra-se parafuso que não serve. Retira-se aparelho que não cabe. Desaparafusa-se e torna-se a apertar. Até que o médico leva o paciente à oficina para reparação. Na maca, ele espera sair como novo até ao final do dia.
Nesse dia foram-me contadas algumas coisas, importantes; também me foi-me dito que Hitchcock só numa obra reuniu humor e suspense, tenho é de ver se lembro qual!
O grande bisonte rosa devia atravessar a porta da rua, mesmo à justa e segundo cálculos precisos, mas não é que o filho da mãe se lembrou de abrir a boca e cuspir as entranhas de metal nesse instante? Um de cada lado, tu por fora, eu por dentro, entalados sem que as entranhas quisessem ser devolvidas ao interior revirado pela vertical. No cúmulo dos cúmulos: toca a campainha, o terceiro elemento por quem se esperava, mas que acreditávamos demorar - porque demoram sempre os senhores dos serviços agendados.
O animal a muito custo foi empurrado para o corredor, "horizontalizado", domado com um arame forte, novamente levantado, empurrado, empurrado até sair porta fora, até ao destino final.
Do outro lado, do lado de dentro, o senhor dos serviços disse que não os podia completar por não estarem reunidas todas as condições de segurança. Teria de se ir embora sem o trabalho concluído, e depois de tanto esforço para desimpedir a porta de entrada, e saída, seria mesmo este o seu fim! Não podia ser! Novo agendamento, mais tempo, mais dinheiro, mais incómodos...
- Senhor dos serviços, sejamos imaginativos e fechemos esta torneira aqui.
- Está bem, assim posso concluir o meu serviço por agora, e ir-me embora.
E assim foi.
Mas Fellini ainda pairava pelo ar restrito daquela casa, em constantes mudanças de exigências físicas, e o problema mantinha-se, a fuga que não o era, ainda era um problema a resolver a contra-relógio.
Compra-se parafuso que não serve. Retira-se aparelho que não cabe. Desaparafusa-se e torna-se a apertar. Até que o médico leva o paciente à oficina para reparação. Na maca, ele espera sair como novo até ao final do dia.
Nesse dia foram-me contadas algumas coisas, importantes; também me foi-me dito que Hitchcock só numa obra reuniu humor e suspense, tenho é de ver se lembro qual!
terça-feira, 19 de maio de 2015
VÉSPERA DE "MENOS EMERGÊNCIAS" NO TEATRO DA TRINDADE
O sol vai alto e eu não tenho dado notícias...
Ora um dia após o Dia Internacional dos Museus, após mais uma reunião de condomínio, após uma ventania mirabulante que decidiu passar a perna ao calor de Verão que se sentiu durante todo o santo dia, passados todos esses momentos, amanheceu este dia azul celeste, ventoso, frio e com um pombo já sem vida nas imediações dos vasos da varanda da frente.
Paz à sua alma de pombo, que devido a medidas preventivas levadas a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa já não faz desta espécie uma praga. Há controlo na população de asas cor de cinza e patas cor de fogo, e já não se vêem as senhoras sentadas a vender milho na praça do Rossio como outrora. Eles ainda voam por aí, e estragam fachadas e janelas, corroendo os materiais, mas nunca é simpático o rosto dos sem vida. (Muito menos borrachos!).
Adiante.
Hoje os funcionários do Metro decidiram de novo fazer valer o seu direito à greve pelo que, depois dos miúdos entregues ao seu destino matinal, foi vez de seguir com as pernas em direcção ao Chiado, e para fazer tempo bem acompanhada, levei o meu livro "Pantagruel" de François Rabelais para acabar de ler.
Diga-se em abono da verdade que esta obra não está muito longe da de "O livro de Pantagruel", talvez o livro de receitas mais vendido em Portugal! Aquele que ainda hoje ostenta as manchas de gordura dos dedos generosos das cozinheiras das famílias.
Isto porque na obra de Rabelais são louvados e narrados de forma desabrida e valerosa os feitos de Pantagruel, amante da boa vida, bebida e comida! E do seu não menos memorável companheiro Panúrgio, qual Sancho Pança e D. Quixote em diferentes associações.
Se a todos estes dados somarmos o carácter livre, provocatório, e jucoso deste escritor renascentista, então talvez possamos evitar confusões futuras.
Assunto sanado, aproveito este final de tarde, nos restantes minutos anteriores aos das minhas funções maternas, para assim restituir descanso à voz em véspera de uma 2a semana do espectáculo "Menos Emergências" 3 peças de Martin Crimp, encenado por Ricardo Neves-Neves.
Estamos todos no Teatro da Trindade: actores, orquestra e coro - a do vestido amarelo sou eu, de 4a a sábado às 21h30 e domingo às 18h, até ao dia 31 de Maio deste ano 2015.
*
https://www.facebook.com/events/401159686737814/407254932794956/
Ora um dia após o Dia Internacional dos Museus, após mais uma reunião de condomínio, após uma ventania mirabulante que decidiu passar a perna ao calor de Verão que se sentiu durante todo o santo dia, passados todos esses momentos, amanheceu este dia azul celeste, ventoso, frio e com um pombo já sem vida nas imediações dos vasos da varanda da frente.
Paz à sua alma de pombo, que devido a medidas preventivas levadas a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa já não faz desta espécie uma praga. Há controlo na população de asas cor de cinza e patas cor de fogo, e já não se vêem as senhoras sentadas a vender milho na praça do Rossio como outrora. Eles ainda voam por aí, e estragam fachadas e janelas, corroendo os materiais, mas nunca é simpático o rosto dos sem vida. (Muito menos borrachos!).
Adiante.
Hoje os funcionários do Metro decidiram de novo fazer valer o seu direito à greve pelo que, depois dos miúdos entregues ao seu destino matinal, foi vez de seguir com as pernas em direcção ao Chiado, e para fazer tempo bem acompanhada, levei o meu livro "Pantagruel" de François Rabelais para acabar de ler.
Diga-se em abono da verdade que esta obra não está muito longe da de "O livro de Pantagruel", talvez o livro de receitas mais vendido em Portugal! Aquele que ainda hoje ostenta as manchas de gordura dos dedos generosos das cozinheiras das famílias.
Isto porque na obra de Rabelais são louvados e narrados de forma desabrida e valerosa os feitos de Pantagruel, amante da boa vida, bebida e comida! E do seu não menos memorável companheiro Panúrgio, qual Sancho Pança e D. Quixote em diferentes associações.
Se a todos estes dados somarmos o carácter livre, provocatório, e jucoso deste escritor renascentista, então talvez possamos evitar confusões futuras.
Assunto sanado, aproveito este final de tarde, nos restantes minutos anteriores aos das minhas funções maternas, para assim restituir descanso à voz em véspera de uma 2a semana do espectáculo "Menos Emergências" 3 peças de Martin Crimp, encenado por Ricardo Neves-Neves.
Estamos todos no Teatro da Trindade: actores, orquestra e coro - a do vestido amarelo sou eu, de 4a a sábado às 21h30 e domingo às 18h, até ao dia 31 de Maio deste ano 2015.
*
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