terça-feira, 19 de maio de 2015

VÉSPERA DE "MENOS EMERGÊNCIAS" NO TEATRO DA TRINDADE

O sol vai alto e eu não tenho dado notícias...

Ora um dia após o Dia Internacional dos Museus, após mais uma reunião de condomínio, após uma ventania mirabulante que decidiu passar a perna ao calor de Verão que se sentiu durante todo o santo dia, passados todos esses momentos, amanheceu este dia azul celeste, ventoso, frio e com um pombo já sem vida nas imediações dos vasos da varanda da frente.
Paz à sua alma de pombo, que devido a medidas preventivas levadas a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa já não faz desta espécie uma praga. Há controlo na população de asas cor de cinza e patas cor de fogo, e já não se vêem as senhoras sentadas a vender milho na praça do Rossio como outrora. Eles ainda voam por aí, e estragam fachadas e janelas, corroendo os materiais, mas nunca é simpático o rosto dos sem vida. (Muito menos borrachos!).
Adiante.

Hoje os funcionários do Metro decidiram de novo fazer valer o seu direito à greve pelo que, depois dos miúdos entregues ao seu destino matinal, foi vez de seguir com as pernas em direcção ao Chiado, e para fazer tempo bem acompanhada, levei o meu livro "Pantagruel" de François Rabelais para acabar de ler.
Diga-se em abono da verdade que esta obra não está muito longe da de "O livro de Pantagruel", talvez o livro de receitas mais vendido em Portugal! Aquele que ainda hoje ostenta as manchas de gordura dos dedos generosos das cozinheiras das famílias.
Isto porque na obra de Rabelais são louvados e narrados de forma desabrida e valerosa os feitos de Pantagruel, amante da boa vida, bebida e comida! E do seu não menos memorável companheiro Panúrgio, qual Sancho Pança e D. Quixote em diferentes associações.
Se a todos estes dados somarmos o carácter livre, provocatório, e jucoso deste escritor renascentista, então talvez possamos evitar confusões futuras.

Assunto sanado, aproveito este final de tarde, nos restantes minutos anteriores aos das minhas funções maternas, para assim restituir descanso à voz em véspera de uma 2a semana do espectáculo "Menos Emergências" 3 peças de Martin Crimp, encenado por Ricardo Neves-Neves.
Estamos todos no Teatro da Trindade: actores, orquestra e coro - a do vestido amarelo sou eu, de 4a a sábado às 21h30 e domingo às 18h, até ao dia 31 de Maio deste ano 2015.

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